quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Matéria sobre Ke$ha que é capa da edição de outubro/novembro da Billboard Magazine
Confira a matéria completa e traduzida sobre Ke$ha nesta edição de outubro/novembro da Billboard Magazine:
Com mais um hit single aquecendo as paradas e um novo álbum a ser lançado em Dezembro, Ke$ha está de volta, despojada e pronta para fazer barulho.
Por Streven J. Horowitz
Quando Ke$ha estourou em 2009 – cantando através de um filtro de Auto-Tune sobre escovar os dentes com whiskey e garotos tentando “tocar seu traseiro” – a até então garota de 22 anos rapidamente se posicionou como uma causadora de problemas para as donas do pop e fez das paradas seu lar. Na primeira semana de lançamento, seu primeiro single, “TiK ToK”, quebrou o recorde de maior número de vendas em uma semana de um single feminino, com 610.000 downloads, de acordo com a Nielsen Soundscan (a detentora anterior do recorde era a música “Just Dance”, de Lady Gaga, que vendeu 419.000 downloads na primeira semana) e decolou para a primeira posição na Billboard Hot 100. O hino produzido por Dr. Luke e Benny Blanco levou 11 semanas pra chegar ao topo da parada, mantendo-se nele por 9 semanas e consagrando-se como single feminino de estreia que permaneceu por mais tempo na primeira posição desde 1977 e mais vendido digitalmente de todos os tempos, perdendo apenas para “I Gotta Felling” do Black Eyed Peas, com quase 14 milhões de cópias vendidas.
“Animal“, o primeiro álbum de Ke$ha, estreou no topo da Billboard 200 vendendo 152.000 cópias em sua primeira semana, de acordo com a SoundScan. Impulsionado por um atrativo preço inicial de 6,99 dólares, e o record de vendas de “TiK ToK” com Complete My Album, um programa do iTunes, as vendas do álbum foram alavancadas e também beneficiadas pela pré-venda que foi aberta em um período de boas vendas devido ao Natal. O resultado foi outra marca de referência digital, mas dessa vez por um álbum de estreia na 1ª posição.
Uma série de hits top 10, incluindo “Your Love Is My Drug”, “Take It Off” e “Blah Blah Blah” (com participação de 3OH!3), seguiram, e em novembro de 2010, Ke$ha novamente alcançou o topo da Billboard Hot 100, com “We R Who We R”, o primeiro single de seu EP “Cannibal” (que também foi incluído na edição de luxo do relançamento de “Animal”). “We R Who We R” alcançou o topo em sua primeira semana com mais de 280.000 downloads. Ke$ha, que co-escreve suas próprias músicas, é uma fábrica de hits, uma mina de ouro nas charts.
Isto é, até ela dar uma pausa. Depois de ter feito shows de abertura no bloco norte-americano da “Last Girl On Earth“, turnê de 2010 de Rihanna (que arrecadou 13,1 milhões de dólares em 18 shows, de acordo com Billboard Boxscore) e em sua turnê Get $leazy no ano passado (2011) (que arrecadou 2,1 milhões de dólares em 9 shows), a cantora crescida em Nashville fez uma pausa de um mês antes de começar a trabalhar em seu novo álbum, “Warrior” (RCA/Kemosabe). Agora, com “Warrior” a ser lançado dia 4 de dezembro e seu novo single “Die Young” que vem subindo nas rádios (possui a maior subida da semana, apesar da queda da 13ª para a 14ª posição na Billboard Hot 100), Ke$ha está de volta, para alívio da RCA Records.
“A gravadora estava me pressionando para voltar e gravar um novo CD, eu meio que tive que mandar todo mundo ir se danar por um mês.”Diz a cantora/compositora batizada como Kesha Rose Sebert. Quando sua turnê solo acabou em setembro (2011), Ke$ha saiu do alcance dos olhos do público depois do show no Rio de Janeiro, no festival Rock In Rio, fazendo paradas na África do Sul e outros locais antes de retornar aos Estados Unidos no final de outubro. Ela chama de “jornada espiritual”, uma chance de sair da estrada e voltar para si mesma e para seu mundo:
“Eu precisava colocar minha cabeça em ordem e ‘dormir na sujeira’ por um curto período. Então eu voltei e tenho literalmente trabalhado em meu novo álbum desde sempre”.Após uma pausa de 14 meses fora do top 40, Ke$ha retornou para ocupar as primeiras posições dos charts com seu novo single “Die Young” lançado 25 de setembro. A RCA escolheu a WHTZ (Z100) de Nova York para estrear a música como parte do programa Clear Channel’s IHeartRadio no “Elvis Duran and the Morning Show” que atinge 7 milhões de ouvintes todas as manhãs. No primeiro dia, a música tocava toda hora. A responsabilidade era tão grande que a Z100 moveu a música para a categoria “power new”, tocando a canção de hora em hora para dar a maior exposição possível.
“Você não vê reações como essa tão rapidamente” diz Sharon Dastur da Z100. “Faz uma semana e meia e sentimos que estava vendendo bem. Nós colocamos isso em nossa pesquisa e foi enorme. Foi tão interessante ver o quão rápido uma música podia se conectar com as pessoas. Eu só sei que esse será um álbum formidável para ela e ela vai realmente começar de onde parou.”
No mesmo dia a RCA disponibilizou “Die Young” para download, bem como a pré-venda das versões standart e deluxe do álbum “Warrior”, por 9,99 e 11,99 dólares respectivamente. (A versão deluxe inclui 4 faixas extras.) Desta vez, a RCA optou por não oferecer o Complete My Album, programa do iTunes, e em vez disso ofereceu um download gratuito de “Die Young” para qualquer um que comprasse o “Warrior” em sua pré-venda. Todos os downloads gratuitos oferecidos pela pré-venda contabilizaram nos downloads totais da música.
O presidente da RCA Music Group, Tom Corson, diz que até agora, o método está valendo a pena. “A pré-venda está superando as nossas expectativas e vendendo bem”, diz ele. “Ke$ha teve uma corrida incrível com seu primeiro trabalho, com “Animal” e então “Cannibal”, o relançamento. Foi no mundo inteiro. Estamos esperançosos de que é isso que o “Warrior” irá fazer. Nosso objetivo é consolidar Ke$ha como uma estrela pop. Quando você ouve o álbum e todas as possibilidades nele, nós temos grandes esperanças.”
Isso significava dar atenção para a visão criativa de Ke$ha em “Warrior”. Por ser adepta ao Auto-Tune, a crítica acreditou que sua voz era apenas um produto de truques tecnológicos, o que fez com que Ke$ha banisse o Auto-Tune quase que completamente de seu novo projeto e incorporasse guitarras, que ela havia excluído do Animal.
Ela diz:
“Eu fiquei muito irritada com as pessoas dizendo que eu não sabia cantar. Poucas são as coisas que eu tenho certeza na vida e uma delas é a de que eu sei cantar.”Ela estava com tanta vontade de provar isso que primeiramente queria que Warrior fosse um álbum de rock.
“Lembro-me pensando que o “Animal” era apenas um processo e mais tarde as pessoas iriam perceber que eu posso cantar. Mas quando comecei a ler algumas críticas falando que eu realmente não podia cantar, eu pensei: ‘F*da-se’.”Rani Hancock, Senior VP da A&R Administration & Operations da RCA, observa como as habilidades dela brilham em estúdio e no palco, ecoando como os críticos confundem o uso de Auto-Tune com falta de talento. “Ke$ha é uma das melhores cantoras das quais eu já estive em estúdio”, Hancock diz. “Ela tem uma voz magnífica e estar na estrada do jeito que ela está, faz com que sua voz torne-se mais versátil do que era anteriormente. Ela realmente pode cantar. Ela tem uma má reputação e essa má reputação não é justificável.”
Pegando leve no Auto-Tune, “Warrior” trás composições de primeira linha. O álbum conta com a participação dos produtores que fizeram “Animal” um álbum pop powerhouse (Dr. Luke, Benny Blanco e Cirkut), mas também tem a presença de quem Ke$ha chama de “time dos sonhos” que consiste em Patrick Carney (do Black Keys), Iggy Pop, Wayne Coyne (do Flaming Lips) e Nate Ruess (do fun.), que co-escreveu “Die Young”.
Em algumas das faixas, vemos a Ke$ha que já conhecemos com atrativos gigantescos e letras falando bobagens. “Supernatural”, um hino pop com tons fortes de Justice e Daft Punk, é inspirado pelo o que Ke$ha descreve como uma experiência sexual com um fantasma (“Definitivamente era um homem e era muito intenso” ela diz.) Em “Crazy Kids”, ela vai preparada para a festa, reposicionando-se como uma garota má e fazendo rap: “Ke$ha não ‘dá duas f*das’, eu vim para começar com o barulho/e você quer participar da festa com a gente, porque nós somos uns loucos filhos da p*ta” (“Ke$ha don’t give two fucks, I came to start the ruckus/And you wanna party with us, because we crazy motherfuckers”).
Mas para os fãs mais familiarizados com as demos acústicas mais antigas de Ke$ha, algumas podem ser encontradas no YouTube, a parte mais leve do álbum oferece músicas como “Past Lives”, produzida por Wayne Coyne, que possui um arranjo de cordas de Ben Folds e sem muitos efeitos, uma balada sexualmente atrativa de um jeito um pouco misterioso. Os vocais de Kesha se destacam em “Wonderland”, uma canção midtempo com um pouco de country, enquanto “Last Goodbye” encontra-se em uma linha tênue entre “monster club” e pop alternativo.
O talento e atitude evidentes em “Warrior” é o que primeiramente recorreu a Dr. Luke, quem arrancou a demo de Ke$ha e de outros cem. O produtor, que cuidou da carreira de Katy Perry no início, e teve sua ‘entrada’ no pop com “Since U Been Gone” de Kelly Clarkson, viu o potencial de Ke$ha e a firmou em sua gravadora Kemosabe Records e editora Prescription Songs em 2005. Ele deu a Ke$ha sua primeira chance, usando sua voz no hit mundial “Right Round”, que detém o recorde de música mais vendida digitalmente em uma semana, com 636.000 downloads. Embora Kesha não tenha sido nem creditada na versão americana do single, nem compensada pela participação na música, o sucesso da faixa a impulsionou de desconhecida a conhecida e logo ela assinou com a RCA Records após várias ofertas de outras gravadoras.
Dr. Luke, que cobriu os três projetos de estúdio de Ke$ha como produtor executivo, vê ela como uma cantora versátil, compositora e entertainer. (E ele sabe bem o quão boa ela é como compositora – os dois têm os créditos da composição de “Till The World Ends”, de Britney Spears, que foi um hit e alcançou a posição #3 da Billboard Hot 100). “Ela tem um potencial enorme” ele diz. Ele vê “Warrior” como uma continuação da personalidade pop que Ke$ha adquiriu em “Animal”. “Há muito do que eu chamo de ‘estupidez inteligente’. Coisas intencionalmente estúpidas e que são boas,” ele diz.
Ele menciona o primeiro verso de “TiK ToK” (“Acordo de manhã me sentindo como P. Diddy”/“ Wake up in the morning feeling like P. Diddy”) como exemplo: “Versos idiotas e estúpidos, mas bons. Versos que um compositor profissional nunca escreveria.”
Após o lançamento do “Warrior”, Ke$ha planeja retornar a estrada para a turnê sucessora da “Get $leazy Tour” que durou oito meses e passou pela América do Norte, Austrália, Europa e América do Sul. Chris Dalston e Rick Roskin, responsáveis pelos horários, ainda estão a revelar o itinerário, mas Ke$ha planeja estender sua turnê internacionalmente além dos limites de sua turnê anterior.
De acordo com Jack Rovner do Vector Management (que também administra as carreiras de Kings Of Leon, Trace Adkins e the Fray), o rigoroso horário da “Get $leazy Tour” estabilizou Ke$ha como uma força no mercado musical ao vivo. “Quando nós fechamos as datas do primeiro projeto, ela já havia esgotado os ingressos de Jones Beach [Nova York], Nova Jersey, Washington [D.C.] e Toronto. Ela havia solidificado o início de uma incrível carreira de turnês,” diz Rovner. “A base de fãs estava crescendo. Acho que há novos mercados a conquistar e ir para um próximo nível – o Reino Unido, Austrália, Japão e América do Sul – e como nós temos uma forte base pra construir isso, nós acreditamos que vamos conseguir.”
Enquanto gravava o “Warrior”, Ke$ha mantinha contato com seus ouvintes através do espaço digital para não cair no esquecimento e aumentar sua base de fãs. Como os Little Monsters de Lady Gaga e os Navy de Rihanna, Ke$ha acumulou muitos seguidores, os quais ela chama de Animals. No Twitter (@keshasuxx), ela possui mais de 2,1 milhões de seguidores e mais de 22 milhões de curtidas em seu perfil no Facebook. Segundo ela, seus seguidores a mantiveram motivada para gravar “Warrior” e fizeram com que ela fizesse o melhor material.
Ke$ha diz:
“Eu gosto de ter meu tempo. Eu acredito que alguns dos meus fãs tenham ficado super impacientes, mas eu digo a eles que eu espero que tenha valido a pena. Você não quer que eu venha com um álbum cheio de m*rda, porque se for desse jeito, nada mais importa. Ninguém vai colocar a canção pra tocar e não importa o quão bom o videoclipe seja. Se as músicas são uma porcaria, então nada mais importa.”Enquanto “Animal” e “Cannibal” ajudaram Ke$ha a se estabilizar nas paradas, a RCA Records espera que ela se estabilize como uma marca. Em agosto de 2010, Ke$ha anunciou sua parceria com a Casio para ser a garota propaganda da linha de relógios Baby-G, dos quais ela mesma desenhou dois modelos. A RCA ainda está no começo das negociações com as marcas para a “Era Warrior” e no estágio final de solidificar acordos, relacionados ao lançamento, com as lojas varejo.
Um pouco antes de “Warrior” chegar às lojas, Ke$ha irá lançar sua autobiografia ilustrada, “My Crazy Beautiful Life”, dia 20 de novembro, pela Touchstone, uma marca de Simon & Schuster. Ela descreve o livro como um “passe livre pra qualquer coisa da vida dela desde quando ela era uma criança até o momento em que esteve em turnê”, explicando que é um presente para os fãs entenderem melhor sua vida pessoal.
Ela também desenhou uma linha de joias feitas de “elementos naturais” em parceria com uma companhia ainda a ser anunciada e irá lançar uma linha de peles artificiais para celebrar a proibição de venda de peles de animais em West Hollywood.
Ke$ha acrescenta que ela está constantemente compondo e espera lançar um próximo álbum o mais rápido possível. E embora ela tenha tido apenas um mês de férias, ela diz que está pronta pra mergulhar de volta em seus projetos.Via: K$BR
Ela diz:
“É o meu segundo álbum e há um monte de coisas que eu precisava que saíssem do meu peito e eu queria provar a mim mesma que eu podia fazer. Eu queria ter certeza de que ele estava representando exatamente o que eu queria que ele representasse. Então eu poderia levar o tempo necessário. Dormir tornou-se um luxo, mas eu suponho que nós tenhamos planejado isto. Eu planejei isso.”
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